Aosta é uma cidade fascinante e repleta de tesouros artísticos, arquitetônicos e arqueológicos. Conhecida como a Roma dos Alpes, por causa do grande número de monumentos de época romana, ela oferece também vistas incríveis para as montanhas e para o famoso Monte Branco (Mont Blanc), a montanha mais alta dos Alpes e de toda a Europa.
Com apenas 35.000 habitantes, Aosta é uma cidade pequena e pode ser vista em apenas um dia. Portanto, pode ser uma boa ideia fazer um bate e volta a partir de Turim (é a cidade “grande” mais próxima) ou melhor ainda, vocês podem dedicar alguns dias para conhecer a região do Vale d’Aosta. Além disso, é uma ótima base para explorar as montanhas para fazer trekking no verão ou praticar esqui no inverno.

Outra coisa interessante, não só de Aosta mas da inteira região, é o fato deles serem bilingues. Lá, além do italiano, se fala francês! De fato, as placas de trânsito são nas duas línguas, os nomes das ruas são quase sempre franceses, e nas escolas o ensino da língua francesa tem o mesmo número de horas do italiano. Assim, não estranhem se ouvirem as pessoas falando francês. Vocês estão na Itália!
O que ver em Aosta
Inegavelmente a importância da Aosta romana – cidade fundada pelo Imperador Augusto no ano 25 a.C. – pode ser notada ainda hoje. Desde o Arco de Augusto até a Porta Pretoria, do foro ao teatro romano, tudo na cidade lembra o esplendor daquela época.
Mesmo durante a Idade Média Aosta ainda manteve a sua importância estratégica e comercial. De fato, outra característica da cidade são suas torres medievais e castelos.

O Teatro Romano
Sem dúvida um dos monumentos melhor conservados da época do Império Romano, o Teatro Romano de Aosta é uma atração imperdível. Ele foi construído algumas décadas após a fundação da cidade e calcula-se que podia receber de 3000 a 4000 espectadores.
Porta Pretoria
A Porta Pretoria era a porta de entrada no lado leste da antiga Augusta Praetoria Salassorum (como era chamada Aosta no período romano). Ela foi construída no ano de fundação da cidade, ou seja, 25 A.C. e era dotada de três aberturas, visíveis ainda hoje: a do meio servia para a entrada das carroças, as laterais para os pedestres.

A Porta Pretoria delimita o início da área dedicada aos pedestres da Via Sant’Anselmo.
O Arco de Augusto
Construído depois da vitória dos Romanos contra os Salassos em 25 a.C., o Arco de Augusto é o símbolo de Aosta. O arco significava a presença e a potência do Império Romano e tamanho era esse poder que o monumento está em pé até hoje, firme e forte.
O imponente monumento fica às margens do rio Buthier, no finalzinho da Via Sant’Anselmo, perfeitamente alinhado com a ponte romana e a Porta Pretoria.
Via Sant’Anselmo e as vielas do centro histórico
O centro histórico de Aosta é pequeno e compacto. Em poucas horas dá para percorrer todas as ruazinha, curtindo aquela mistura de atmosfera romana, medieval e alpina. Dá para observar sempre as montanhas imensas que circundam a cidade e lá se respira um ar puro incrível.
A Via Sant’Anselmo é a rua principal, onde as famílias passeiam tranquilamente. É uma rua só para pedestres. Caminhe sem pressa, compre chocolates, queijos, macarons!
Criptoportico Forense
A função do Criptoportico Forense ainda não é clara, talvez era um lugar dedicado ao culto do Império e portanto tivesse uma função político-litúrgica, onde os nobres, os religiosos e os profissionais liberais, enfim, as pessoas que tinham um papel mais importante na sociedade se reuniam. Trata-se de pórticos subterrâneos que criam uma atmosfera incrível.
O acesso ao Criptoportico Forense se dá a partir da Piazza Giovanni XXIII, no lado esquerdo da Catedral. A entrada é gratuita e ele pode ser visitado das 9 às 19h (de 25/03 a 30/09), das 10 às 13h e das 14 às 17h (de 1/10 a 31/12). Não funciona nos dias 25/12 e 01/01.
O Complexo de Sant’Orso
O complexo de Sant’Orso surge onde havia uma antiquíssima necrópole, sobre a qual, já no século V foram construídas a atual igreja de Sant’Orso e a de San Lorenzo. As estruturas remontam aos séculos IX e X sec. d.C.

Sem dúvida alguma a parte mais interessante do completo é o claustro, de época medieval. Caracterizado por um silêncio incrível, que transmite uma grande paz, os claustro chama a atenção pelos lindos capitéis, verdadeiras obras-de-arte que representam episódios do Antigo e do Novo Testamento.
A entrada para o complexo de Sant’Orso é gratuita e ele pode ser visitado das 9h30 às 12h30 e das 14 às 18h (de 01/03 a 30/09) e de 10 às 17h30 (de 1/10 a 28/02).
Catedral de Aosta
A Catedral de Santa Maria Assunta e São João Batista, como é chamada a catedral de Aosta, é uma igreja antiquíssima e remonta provavelmente ao século III, apesar da fachada neoclássica.
Ao longo dos séculos, a catedral sofreu uma série de reformas, tanto que é clara a sobreposição de estilos arquitetônicos. Suas torres campanárias, com mais de 60m de altura, são as estruturas arquitetônicas mais altas da inteira região do Vale d’Aosta!
Outras dicas de Aosta
♥ Os arredores de Aosta também merecem uma visita. Por exemplo, a poucos quilômetros da cidade se encontra Pila, uma famosa estação de esqui. É super fácil chegar lá, graças a cabinovia que liga Aosta a Pila em apenas 17 minutos.
♥ Não deixem de comprar ou degustar um bom queijo Fontina, típico do Vale d’Aosta.

♥ Caso visite Aosta entre o fim de novembro e o início de janeiro, não deixe de ir ao mercadinho de Natal, denominado Marché vert Noël. Ele acontece ao lado do Teatro Romano e a área é transformada em uma vila alpina lindíssima, com cerca de 50 chalés de madeira e muitos pinheiros cobertos de neve. É lindo!
Onde se hospedar em Aosta
Gostaria de passar uma noite em Aosta? Então veja abaixo algumas opções de hotéis.
Como chegar a Aosta
O aeroporto mais próximo a Aosta é o de Turim. Outras opções são o aeroporto de Milão Malpensa e o de Genebra na Suíça.
De trem: Em pouco mais de 2h é possível ir de trem de Turim a Aosta, por exemplo. Embora não haja trens diretos das grandes cidades do norte da Itália, trocando de trens é simples chegar lá.
De ônibus: Existe uma linha de ônibus que vai diretamente de Milão e de Turim para Aosta. A empresa é a SAVDA.
De carro: O melhor modo para circular no Vale d’Aosta é de carro ou de moto, principalmente quem quiser fazer o roteiro dos castelos. Além disso, as estradas da região estão em ótimas condições e por Aosta passa a autoestrada A5 que a liga às principais cidades do norte da Itália. Clique AQUI e faça uma cotação de aluguel de carro. Você pode pagar em Reais e parcelado.